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Módulo 3

 

Semanas 6 e 7 - Desenho universal da aprendizagem

 

De 05 a 18 de maio.

 

Atividade individual ou de grupo 

(obrigatória para efeitos de certificação)

Escolha uma das seguintes alternativas de atividades que poderá realizar individualmente ou em grupo:

 

1. Explore o modelo de planeamento de unidades de aprendizagem de acordo com os princípios de desenho universal na aprendizagem no website CAST/UDLCenter. Baseado num destes exemplos, crie um plano de aula, no Lesson Builder (pode utilizar o instrumento traduzido) ou utilize qualquer outro instrumento de planificação indicado nos recursos. Disponibilize o endereço eletrónico (URL) na área de registo da atividade 3. Independentemente da alternativa que escolheu (individual ou em grupo) registe a atividade no e-portefólio individual.

 

2. Utilize a metodologia de webquest e planifique uma atividade pedagógica no contexto da sua prática lectiva (utilize o Zunal ou qualquer outra ferramenta que se adeque). Disponibilize o URL na área de registo da atividade 3. Independentemente da alternativa que escolheu (individual ou em grupo) registe a atividade no e-portefólio individual.

 

3. Selecione um dos vídeos no Pinterest sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas, pesquise informação na Internet sobre esta teoria e relacione com o perfil de alunos com que lida na sua atividade letiva, ou com o seu próprio perfil de aprendizagem, ou com o perfil de uma pessoa com alguma particularidade interessante que conheça. Disponibilize o URL na área de registo da atividade 3. Independentemente da alternativa que escolheu (individual ou em grupo) registe a atividade no e-portefólio individual.

 

Exemplos de planificação de unidades de aprendizagem e de atividades

 

• Planos de aula (curso REA)

• Webquests

 

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE - ALTERNATIVA 3

 

O conhecimento sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas oferece àqueles que atuam no magistério ou assessoram profissionais que trabalham na docência oportunidade para refletir sobre a educação, os sistemas de ensino e a didática, levando-nos a questionar como nós temos trabalhado a diversidade em sala de aula. Posicionando-se, quem assim o faz, como nos ensina Paulo Freire, numa postura ética e amorosa de ação-reflexão-ação sobre os processos educacionais.

 

Aprendi recentemente, em curso sobre o Teacch, que os autistas são aprendizes visuais e pude constatar a necessidade de produção de material didático com uso de materiais concretos para viabilizar que alunos com essa especificidade pudessem de fato aprender. Ao mesmo tempo que via os slides e filmes sobre o desenvolvimento de atividades com currículo adaptado para aprendizagem de autistas, fiquei a indagar-me que especificidades de modos de aprender não teríamos na sala de aula e como estávamos desatentos a essa questão.

 

Coincidentemente, poucas semanas depois, deparei-me com o curso MOOC Intec e me inscrevi sem ainda compreender direito como sua proposta e conteúdos me ajudariam no aprofundamento de estudos e compreensão sobre a educação inclusiva e didática.

 

Como pedagoga, tenho sob minha orientação onze professores do ensino fundamental, que trabalham com crianças de seis a 12 anos. Temos enfrentado sérios problemas para despertar o interesse e dedicação das crianças pelo estudo, vencer problemas de desatenção e indisciplina. Precisamos urgente descobrir como tornar nossas aulas mais produtivas e interessantes para nossos alunos.

 

Uma coisa de que reclamamos na escola pública brasileira é da falta de acesso à tecnologia, fornecendo o governo apenas computadores de baixa performance, internet de baixa velocidade e difícil acesso (uso do laboratório de informática apenas com agendamento esporádico), não estando o corpo docente preparado para uso das muitas ferramentas disponíveis gratuitamente na rede, nem mesmo as conhecem, como pude constatar durante os primeiros dois módulos deste curso. Os recursos audiovisuais são acessados também com agendamento esporádico, estando as aulas,  na maioria das vezes, dependendo apenas da exposição verbal dos conteúdos, competindo, em franca desvantagem, com a capacidade dos eletrônicos de atraírem a atenção e os olhares. O professor fala, o vídeo mostra. 

 

Os professores têm por isso pouco treino e habilidades para uso de vídeo e computador para apoio e suporte a suas aulas, não trabalhando de forma sistemática com a variedade dos métodos, não desenvolvendo, na sua prática, um planejamento que considere a diversidade de seu público na sala de aula.

 

Afirmo com base não em dados de pesquisa, mas na minha própria experiência e de meus colegas. Planejo uma aula pensando nos alunos que pensam aquele conteúdo como eu penso, que aprendem como eu aprendo, projetando sobre eles minhas expectativas de sucesso na comunicação dos sentidos e conceitos pretendidos.

 

No entanto, essa minha prática e a de meus colegas também desatentos à diversidade, está em vias de se transformar no ambiente escolar. Temos empreendido essa discussão em nosso meio, estando os profissionais mais sensibilizados para o problema, tendo sido, inclusive, sugerida a reformulação do projeto político pedagógico da nossa escola, para inclusão da teoria das inteligências múltiplas no referencial teórico, visando fundamentar as práticas pedagógicas, o planejamento e desenvolvimento delas, assim como sua avaliação constante.

 

A minha participação neste curso  despertou-me a atenção para análise crítica do referencial teórico do atual PPP, que não contempla a educação especial, ou seja, se não são pensados os métodos de ensino nem para atender os especiais, não está também a escola em que hoje atuo teoricamente atenta para pensar a diversidade como um todo.

 

É, por esse motivo, coerente a falta de referência à teoria das inteligências múltiplas no PPP de escolas que persistem, em suas práticas, com aulas no modelo tradicional, de conteúdos e métodos modelados para atender aos alunos como se todos fossem iguais, não buscando um modelo de trabalho que contempla a universalidade.

 

Estamos, pois, em meio a essa discussão em nossa escola, começando a nos preparar para planejar e desenvolver o currículo variando as estratégias de ensino, buscando contemplar e aprimorar o uso de recursos audiovisuais, a música, a dança, o teatro, o desenho, o cálculo, a pesquisa, a experimentação, dentre outras técnicas e procedimentos facilitadores do aprender e do ensinar.

 

Em meio a esse aprendizado, também estamos lidando com a superação da angústia de nos culparmos quando os alunos não aprendem. Se nos esforçamos e não temos tido sucesso, essa tristeza precisa se transformar em diálogo, em pesquisa participante, pesquisa ação, em estudo de caso, para encontrarmos, na união dos profissionais da escola e com a participação ativa de nosso público alvo, o sucesso de nossos objetivos. Caso contrário, adoecemos e corremos o risco de ficarmos nos agredindo mutuamente, em busca de culpados ou culpando sem perdão a nós mesmos.

 

Mais importante que tudo, ainda que a escola não tenha sucesso em suas tentativas de ensinar bem, com qualidade e eficácia, não podemos abrir mão do essencial. A escola precisa ser um ambiente feliz, onde as pessoas que trabalham e as que estudam se encontram para compartilharem o melhor de sua humanidade. 

 

Apenas assim concebo o verdadeiro sentido do educar.

 

 

COMENTÁRIO SOBRE O MÓDULO 3

 

Questão para estimular a discussão: Que reflexões faria sobre a sua experiência como aluno(a)/estudante na forma como foi ensinado e aprendeu? Que abordagem pedagógica  predominou – uma uniformização para todos ou uma preocupação com as dificuldades/capacidades de cada um?


 

Fui educada no modelo tradicional de ensino.

 

Nos anos iniciais de alfabetização, a carteira era dupla, sentávamos com um coleguinha e mal tínhamos material de escrever e livros. Não havia mochilas, a sacola onde levávamos o caderno era feita com o plástico das sacolinhas de leite.

 

O método de ensino era o da cópia do quadro negro, ouvir as explicações da professora e resolver as atividades do quadro ou do livro didático. Tínhamos apenas um livro no ensino fundamental, o de histórias infantis. Decorávamos tudo, tabuada, conjugação verbal, nome de países e suas capitais, dentre outros conteúdos.

 

O mesmo método era aplicado para todos os alunos sem considerar suas especificidades. Os professores eram muito respeitados e a escola era o lugar privilegiado para se aprender. Hoje se fala muito na variação dos métodos, mas as escolas públicas sofrem sem recursos e equipamentos adequados. Muitos professores desconhecem inúmeras ferramentas como essas apresentadas no curso.

 

Tem muita novidade para mim, imagino para meus colegas que têm dificuldade até para enviar e-mails. Mas a maioria dos bons profissionais tenta compensar essas limitações com criatividade, pesquisa e partilha de experiências.

 

Responder ao questionário VARK. Comentar os resultados obtidos.

 

Eu fiz o questionário Vark semana passada, mas não pude postar por causa das minhas atividades de trabalho. Repeti o exame hoje e deu o mesmo resultado, tenho uma preferência de aprendizagem multimodal. 


Visual: 11
Aural: 15
Read/Write: 15
Kinesthetic: 13

Realmente, eu adoro ler e tenho muita facilidade de aprender sozinha, apenas lendo. Depois que compreendo, adoro fazer esquemas de síntese dos conceitos e visualizar as relações entre os conceitos, embora ache mapa conceitual muito chato de compreender se não domino bem o conteúdo, aquele tanto de quadrado com linhas me cansa a vista e a mente, tudo embaralha. Para mim, funciona se forem visualizadas poucas informações.

 

Também adoro fazer as coisas, discutir em grupo e tentar experimentando se vai dar certo. Ainda aprecio conselhos, amo quando alguém me explica com clareza algo e me economiza ler o manual. Mas tenho facilidade de compreender instruções escritas.

 

Não gosto que leiam textos para mim. Eu não consigo entender bem o que leem, tenho de ler eu mesma. Se me falarem naturalmente, sem ler, entendo melhor, acho que é por causa da forma de ler da maioria das pessoas com as quais convivo. Fazem leitura sem entonação, sem vida, não sabem ler interpretando, o que dificulta a compreensão. Então, não acho que o problema seja de compreensão aural, mas de falha no modo de ler das pessoas.

 

OUTRO COMENTÁRIO LOCALIZADO

 

Olá amigos e amigas. Eu postei os resultados do questionário VARK mas esqueci de comentar. Meu perfil de aprendizagem é multimodal e acredito ser realmente esta a forma como aprendo. Gosto tanto de aprender com recursos audiovisuais quanto lendo instruções ou ouvindo explicações de alguém experiente. Também gosto de fazer esquemas síntese ou deles me valer quando preparados por outra pessoa.

 

Enfim, não existe um método privilegiado para minha aprendizagem, que tenha de ser daquele jeito apenas, senão não aprendo. Acho muito difícil lecionar. Queria que existisse um botão mágico, que apertássemos para a aprendizagem do outro acontecer e eu não me sentir tão angustiada quando o aluno não consegue entender a disciplina ou os conceitos ou ainda resolver os problemas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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